Médico suspeito de causar a morte de 42 pacientes está impedido de exercer a profissão; entenda

  • 19/12/2023
(Foto: Reprodução)
João Batista do Couto Neto foi solto na tarde desta terça-feira (19), menos de uma semana após ser preso em um hospital de Caçapava, no interior de São Paulo. Médico João Couto Neto, investigado pela polícia no RS Reprodução O médico João Batista do Couto Neto, que foi solto na tarde desta terça-feira (19), está impedido pela Justiça de exercer a profissão. Ele foi preso na semana passada, enquanto realizava atendimento em um hospital de Caçapava, no interior de São Paulo. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp No alvará de soltura, a Justiça determinou condições para que Couto conseguisse a liberdade. Além de ficar impedido de atuar como médico enquanto o processo segue em andamento, o médico também não pode tentar contato com supostas vítimas ou testemunhas, por exemplo. Justiça manda soltar médico suspeito de causar 42 mortes de pacientes No documento, a Justiça estabelece ainda que João Batista do Couto Neto só poderá entrar em hospitais ou outros estabelecimentos de saúde, se estiver na condição de paciente, enquanto o caso estiver sendo avaliado pela Justiça. As condições estabelecidas para a liberdade do médico são: Suspensão integral do exercício da medicina até decisão judicial; Não se ausentar da Comarca de Novo Hamburgo sem prévia autorização judicial; Comparecer a todos atos processuais a que for intimado pela Justiça Não ter qualquer tipo de contato com as supostas vítimas, familiares das supostas vítimas, testemunhas do processo e pacientes; Não frequentar estabelecimento médico de qualquer natureza, salvo na condição de paciente. VÍDEO mostra prisão de médico em hospital de Caçapava; ele é suspeito de 42 mortes O médico estava preso na cadeia de Caçapava desde quinta-feira (14), após ser detido na Fusam (Fundação de Saúde e Assistência do Município de Caçapava). Um vídeo flagrou o momento da prisão (veja acima). O médico deixou a cadeia pública de Caçapava por volta das 14h30. Ele é suspeito de causar a morte de pelo menos 42 pacientes, além de lesões em outros 114 em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. No fim do mês passado, o médico teve a prisão preventiva decretada após ser indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso em três inquéritos. Médico João Batista do Couto Neto foi preso em Caçapava na semana passada. Reprodução Em fevereiro deste ano, João Couto se registrou no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Na ocasião, o Cremesp confirmou estar ciente de que o médico enfrentava uma suspensão em sua licença, mas que era "obrigado a efetuar o registro do médico" por se tratar de uma restrição parcial. Na data da prisão, o advogado do médico, Brunno de Lia Pires, informou ao g1 que a prisão era "absurda e imotivada" e que entraria com pedido de habeas corpus. Nesta terça-feira (19), após a soltura do médico, o advogado concedeu entrevista para a TV Vanguarda, afirmando que Couto nega as acusações de erro médico. “Em relação aos casos que tivemos conhecimento, o Dr João Couto nega qualquer tipo de erro médico, inclusive a defesa vai por uma linha muito técnica, no sentido de defender as condutas dele. Vamos provar pelas análises dos documentos, que as condutas que ele tomou seguiram todos os protocolos para atendimentos”, declarou. Médico suspeito da morte de 42 pacientes foi preso em Caçapava O caso Couto é suspeito de ter causado a morte de 42 pacientes devido a procedimentos cirúrgicos e provocado lesões em outros 114. Pacientes e pessoas que trabalharam com ele relataram excesso de cirurgias por dia, procedimentos desnecessários e até diagnóstico de câncer raro falso. O médico foi alvo de uma operação policial em dezembro do ano passado, ocasião em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão no hospital em que atuava, localizado em Novo Hamburgo, bem como no apartamento em que vivia na cidade. Na época, havia suspeita de envolvimento dele na morte de cinco pacientes e ainda por ter causado sequelas em outros nove. Documentos, celulares e equipamentos de informática foram apreendidos. Imagem mostra momento da prisão de médico suspeito de causar a morte de 42 pacientes. Reprodução Atendimentos em outras cidades Além de Caçapava, o médico João Batista do Couto Neto consta com vínculo ativo em outras cinco cidades de São Paulo e duas no Rio Grande do Sul, conforme o sistema do DataSUS, órgão de informações do Sistema Único de Saúde do Brasil. No Vale do Paraíba, os atendimentos aconteceram também em Jacareí e Queluz. Em Jacareí, o profissional atendeu na Santa Casa e na UBS do Parque Meia Lua. A prefeitura da cidade explicou que o médico tinha todas as credenciais que permitiam exercer o ofício e nenhuma pendência criminal no momento da contratação. Ainda segundo a prefeitura, Couto foi dispensado quando a gestão teve ciência das acusações. Ele fez apenas um plantão no município. Em Queluz, os trabalhos foram prestados no hospital municipal da cidade. Ao g1, a prefeitura explicou que Couto fez apenas um plantão de 12h na cidade e não houve registro de reclamações. A administração disse que ele foi indicado por um outro profissional para assumir o plantão após um imprevisto. Médico João Couto Neto, investigado no RS Reprodução/RBS TV Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

FONTE: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2023/12/19/medico-suspeito-de-causar-a-morte-de-42-pacientes-esta-impedido-de-exercer-a-profissao-entenda.ghtml


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